O novo presidente Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, disse que é contra a privatização da Petrobras. A declaração ocorreu durante a posse do presidente e da nova diretoria, na noite desta quarta-feira (11/5).
“Não é um tema que de forma alguma pode ser discutida ao final de um mandato”, disse Jungmann, que foi um dos nomes predominantes do governo de Michel Temer (MDB). “Petrobras é um tema que impacta qualquer eleição”, avaliou.
A avaliação de Jungmann ocorreu na mesma noite em que o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, elencou a privatização da Petrobras e do pré-sal como prioridades da gestão dele à frente da pasta.
Jungmann já exercia o mandato de presidente do Ibram deste 1º de março, substituindo Flávio Ottoni Penido. Além dele, também tomaram posse nesta quarta-feira os novos presidente e vice-presidente do Conselho Diretor do Instituto, Wilfred Bruijn, CEO da mineradora Anglo American no Brasil; e Ediney Drummond, diretor-presidente da Lundin Mining Corporation respectivamente.
O novo presidente da diretoria foi escolhido por integrantes do Conselho Diretor do Ibram e com participação do seu Comitê de Governança, formado por executivos de mineradoras associadas.
O evento de posse foi prestigiado pela ex-ministra do Meio Ambiente, Isabela Siqueira, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
O novo presidente tem como desafio promover a expansão da mineração no país, incluídos os novos minerais a serem demandados pelo mercado, e dentro de padrões preconizados dentro dos conceitos de governança socioambiental (ESG).
Perfil
Uma das principais figuras do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), Jungmann é cofundador e presidente executivo do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa - IREE Defesa & Segurança, tendo assumido a iniciativa e o Ibram após longa trajetória política.
Ele assumiu secretarias e ministérios, como do Desenvolvimento Agrário, Defesa e Segurança Pública. Jungmann também presidiu conselhos de administração em grandes companhias, como Banco do Brasil e Porto de Suape, tendo, também, presidido o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Jungmann cumpriu ainda três mandatos como deputado federal entre 2003 e 2016.