Mudança

Quem é Adolfo Sachsida, novo ministro de Minas e Energia de Bolsonaro

Sachsida substitui Bento Albuquerque na pasta; mudança foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira

O presidente Jair Bolsonaro (PL) substituiu nesta quarta-feira (11/05) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque por Adolfo Sachsida. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Em fevereiro, Sachsida foi nomeado chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia. Antes, foi secretário de Política Econômica da pasta desde o início do governo e é visto como o mais bolsonarista dos economistas da Esplanada.

Com doutorado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-doutorado pela Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, Sachsida lecionou na Universidade do Texas. É também advogado, com estudos na área de Direito Tributário, e técnico de Planejamento e Pesquisa da Carreira Pública pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Tem experiência em Macroeconomia e é autor de publicações sobre política econômica, monetária e fiscal, avaliação de políticas públicas e tributação.

Além disso, é professor no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Tem experiência na área de Macroeconomia, com ênfase em Modelos Econométricos.

Nas redes sociais, Sachsida agradeceu pela nomeação e disse que espera estar à altura do trabalho no Ministério de Minas e Energia, que classificou como "o maior desafio profissional" da carreira. "Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pela confiança, ao ministro [Paulo] Guedes pelo apoio e ao ministro Bento [Albuquerque] pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação, espero estar à altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus, vamos ajudar o Brasil", escreveu.


A mudança na direção ocorre dois dias após a Petrobras anunciar novo aumento de 8,87% no preço do diesel nas refinarias, de R$ 4,51 para R$ 4,91 o litro.


Em live no último dia 5, alterado, Bolsonaro bradou que os lucros registrados pela Petrobras são "um estupro" e citou nominalmete o então ministro de Energia e o dirigente da estatal. "Ô, ministro Bento Albuquerque; senhor José Mauro, diretor da Petrobras: vocês não podem aumentar o preço do diesel. Eu não estou apelando, eu estou fazendo uma constatação levando em conta o lucro abusivo que vocês têm. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil. Não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir, vocês têm lucro, têm gordura. E têm um papel social da Petrobras definido na Constituição".

Na data, a Petrobras divulgou o lucro líquido no primeiro trimestre deste ano: R$ 44,561 bilhões. O valor é 3.718% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

A saída de Bento pegou de surpresa integrantes da Esplanada. Porém, a troca deve-se a dois fatores: o aumento dos preços dos combustíveis e o projeto de gasodutos defendido pelo Centrão, que custará R$ 100 bilhões.



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