O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (11/5) que "será um trabalho maluco voltar a presidir e fazer mais do que eu fiz". A fala foi dada em encontro com reitores de universidades públicas sediado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.
"Eu tenho muito orgulho de, até hoje, ser o presidente sem diploma universitário que fez mais universidades nesse país", afirmou o petista. "Acho que será um trabalho maluco voltar a presidir e fazer mais do que eu fiz."
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O presidenciável está no último dia de viagem a Minas Gerais, estado onde está desde segunda-feira (9). Ele encontrou-se com 26 reitores de universidades públicas na parte da manhã e participará de uma plenária popular no final da tarde de hoje, no ginásio do Sport Clube Juiz de Fora.
Em seu discurso aos reitores, Lula defendeu o investimento em educação em um eventual governo, e disse que as universidades devem participar ativamente. "A universidade não pode ser um centro de luxo para produzir para ela própria, a universidade tem que se abrir para a sociedade. A pesquisa tem que ser transformada em produtos industrializados para que as pessoas possam produzir", pontuou.
Ao falar sobre as mudanças tecnológicas que surgiram desde os seus governos passados, ele destacou que as políticas públicas devem levar em conta o novo cenário. "Que tipo de emprego a gente vai arrumar para a juventude brasileira hoje? Não é com os aplicativos que nós conhecemos. Não é o entregador de pizza, ou o trabalhador com Uber. É preciso algo mais sofisticado, é preciso algo que pague mais, é preciso algo que justifique o cara ter feito um curso na universidade."
Sem teto de gastos
Aos reitores, Lula repetiu que não haverá teto de gastos caso seja eleito. "Não que eu vá ser irresponsável, gastar para endividar o futuro da nação. Não. É porque nós vamos ter que gastar aquilo que é necessário para a produção de artigos produtivos, de artigos rentáveis. A educação é um artigo rentável, é a coisa que dá retorno mais rápido que a gente possa produzir", disse.
Além disso, o petista avisou que quem vai reduzir os gastos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) "é o crescimento econômico, e não o corte orçamentário".
Em crítica ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula disse que "muitas coisas estão metade do que estavam em 2015. A única coisa que está o dobro de 2015 é a safadeza (...) e a quantidade de mentira que conta o atual ocupante do cargo de presidente da República".