A vereadora de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT) afirmou que a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022, pode significar a morte dela.
Em entrevista ao Estado de Minas, Salabert também disse preferir Ciro Gomes (PDT) nas eleições presidenciais, mas não descartou apoiar outro nome do campo progressista, como o ex-presidente Lula (PT), para prevenir sua vida.
"O que estou discutindo é a minha vida. A reeleição do governo Bolsonaro pode significar a minha morte. Seja que (sic) as ameças me assassinem de fato, seja por suicídio ou por meio da violência na rua. E quando falo minha (vida), é dos grupos no qual faço parte também. Então, é uma eleição de vida ou morte", disse a vereadora.
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Em seguida, reafirmou o compromisso de eleger um candidato do campo da esquerda nas eleições de 2022. "Nós temos que eleger alguém do campo progressista, que seja o Ciro, Lula, alguém do campo progressista. A minha preferência, hoje, é para o Ciro Gomes, porque do ponto de vista econômico é a postura mais à esquerda. Mas nós temos três meses ainda para discutir, ainda é muito precoce a gente tomar uma posição", completou Duda.
A parlamentar foi a convidada desta semana do EM Entrevista, videocast do Estado de Minas e do Portal Uai. Durante os 55 minutos de conversa, ela falou sobre representatividade trans, participação das minorias nos espaços políticos e mineração na Serra do Curral. E aproveitou o bate-papo para tecer críticas a Romeu Zema (Novo) e, inclusive, a colegas de partido.
Assista a entrevista na íntegra:
Professora, mulher trans e vereadora mais votada da história de Belo Horizonte, Duda Salabert (PDT) sabe o peso dos 37.613 votos que recebeu. Primeiro, porque representa um grupo social em que 90% dos integrantes tem a prostituição como fonte de renda — segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Segundo, porque prometeu plantar uma árvore para cada voto conseguido. E, embora tenha feito nascer cerca de 3,5 mil delas, diz que está no “SPC das árvores”.