O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta quinta-feira (05/05) durante transmissão de live por meio das redes sociais que tenha recebido qualquer sugestão do diretor da CIA, William Burns sobre as eleições no Brasil. O chefe do Executivo comentou sobre o assunto ao lado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.
"O que houve aqui? Uma imprensa de fora, Reuters, sobre narrativas, eleições, ou seja, estão plantando narrativas fora do Brasil? O que aconteceu?", questionou Bolsonaro.
O general prosseguiu e disse que a conversa "jamais ocorreu" e que trata-se de uma notícia falsa. "Um repórter da Reuters fez uma narrativa de que o diretor da CIA teria sido mandado ao Brasil para dar um recado ao senhor para não perturbar mais a realização das eleições de 2022. Lógico que as conversas sobre a área de inteligência que tivemos foram extremamente produtivas e foram muito interessantes. Esta conversa sobre eleições jamais aconteceu. Não sei de onde ele buscou essa narrativa. Isso jamais aconteceu, não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições nem nos EUA, nem aqui. Então essa foi uma notícia falsa", alegou.
Nas informações, obtidas por duas fontes em condição de anonimato da Reuters, Burns falou às autoridades em uma reunião fechada ocorrida em julho do ano passado. O encontro teria ocorrido em Brasília, mas a viagem não estava prevista na agenda oficial dele.
O diretor da agência teria jantado com o ministro-chefe do Gabinete Institucional, o general Augusto Heleno, e o ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos, a quem teria dito que o processo eleitoral é sagrado e que o presidente não deveria atacá-lo como estava fazendo.
Bolsonaro completou na live que trata-se de "narrativa e fake news". "Seria extremamente deselegante, né, o chefe de uma agência como a CIA vir a outro país, vir até o Brasil para dar um recado. A gente vê que é uma mentira, fake news, que por coincidência, talvez queiram criar uma narrativa plantada fora do Brasil quando as forças armadas foram convidados a participar do processo eleitoral se manifestam", apontou.
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