O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, fez um discurso, na manhã desta quinta-feira (5/5), em defesa da liberdade de imprensa no fortalecimento da democracia. O ministro afirmou que um país só é livre quando os jornalistas têm independência para trabalhar, sem serem intimidados. A fala ocorreu no lançamento da mostra Liberdade & Imprensa: o papel do jornalismo na democracia brasileira, realizada em parceria com a Associação Nacional de Jornais (ANJ).
“No país onde a imprensa não é livre, um país onde a imprensa é intimidada, onde a imprensa é amordaçada, no país onde a imprensa é regulada, sendo a imprensa um dos pilares da democracia, neste país com tantas restrições à liberdade de imprensa, a democracia é uma mentira e a Constituição é mero papel", disse Fux.
Saiba Mais
O magistrado também citou a ativista ucraniana Olga Yurkova, que é engajada na luta contra a desinformação. “Ela procurou explicar a sedução das fake news e disse que a verdade é muito entediante. Mas, evidentemente, devemos ter cuidado com as fake news porque elas desinformam e impedem entre outros espectros que o cidadão possa ser bem informado”, apontou.
Sem citar nomes, Fux ainda destacou o papel da informação para o pleito de 2022. “Acima de tudo, no momento que estamos vivendo, (é preciso) proferir o seu voto consciente e bem informado no momento das eleições”, disse o ministro.
Defesa do jornalismo
A exposição fica localizada no Museu do STF e destaca uma série de peças publicitárias sobre a importância do jornalismo na preservação e no fortalecimento dos princípios democráticos. Ao todo, são 20 painéis que reproduzem anúncios publicados pelos jornais associados da ANJ nos últimos anos na defesa da atividade jornalística e dos jornalistas. A mostra segue até 4 de julho e tem entrada gratuita.
O presidente da associação, jornalista Marcelo Rech, criticou a tentativa de cercear o trabalho da imprensa profissional. “Mais do que tentativas de controle impostas de fora e questionáveis do ponto de vista da liberdade de expressão, quem melhor executa o trabalho de despoluição social é o jornalismo profissional. É a imprensa livre que verifica versões, confronta dados, restabelece a verdade e assegura a pluralidade”, disse, durante o evento.
“Governos democráticos e parlamentos atentos, mesmo alvos eventuais de críticas da própria imprensa, estão se dando conta de que é preciso fazer os poluidores pagarem pela limpeza da poluição, em nome da sanidade do ambiente social — hoje e para as futuras gerações”, afirmou Rech.
Saiba Mais