A presidente nacional do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann afirmou nesta quinta-feira (5/5) que os críticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "deviam explicar por que ele lidera todas as pesquisas". O comentário ocorre após dia de críticas à fala do presidenciável publicada na revista Time, na qual o petista defendeu que o presidente da Ucrânia tem tanta responsabilidade quanto o da Rússia na guerra entre os dois países.
"Gente, não vamos mudar de assunto. A crise no Brasil se chama Bolsonaro e seu desgoverno", disse a deputada em sua conta do Twitter. Ela defendeu ainda que Lula é a única esperança para reconstruir o Brasil. "O mundo já percebeu essa realidade. Tá na capa da Time".
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O deputado federal Paulo Pimenta (PT) também se pronunciou. "O mundo reconhece que tem liderança e credibilidade, entrevista de Lula na Time é a mais lida do site de uma das principais revistas do planeta", afirmou em suas redes.
Críticas de opositores
O ex-presidente apareceu na capa da revista americana, divulgada ontem. Em entrevista à publicação, Lula foi questionado sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e criticou todos os envolvidos, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia, o presidente Russo Vladimir Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Sobre Zelensky, especificamente, o petista criticou a atitude do ucraniano, dizendo que ele está “se achando o rei da cocada” e que os líderes mundiais deveriam ter uma conversa mais séria com ele: “Ô, cara, você é um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer”.
Opositores de Lula aproveitaram a fala para atacar o ex-presidente. O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) afirmou que o ex-presidente “mal disfarça o seu desprezo por Zelensky e a sua preferência por Putin e por regimes autoritários. Esta é a via democrática?”
Já o pré-candidato ao Planalto João Doria (PSDB) disse que a fala de Lula “é exaltar o autoritarismo e depreciar o líder da Ucrânia, vítima de crimes de uma guerra cruel”. Para o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), Lula “é contra ditaduras, menos as alinhadas ideologicamente. Contra a corrupção, salvo a dos companheiros”.