O secretário-geral do União Brasil, ACM Neto (BA) — pré-candidato do partido ao governo da Bahia —, avalia que os partidos da terceira via não conseguirão definir o dia 18 de maio qual nome representará o campo nas eleições deste ano. A data foi fixada pelas legendas da aliança como prazo final para apresentação da candidatura única, embora o presidente do União, deputado Luciano Bivar (PE), já tenha colocado um dos pés fora da possível coligação.
Para ACM, divergências internas nas siglas e os interesse estaduais dificultam o cumprimento de tirar um nome de consenso. “A gente vê que alguns desses partidos da chamada terceira via têm divisões internas. Não houve definição de um critério para escolha de um candidato comum. Eu, particularmente, não acho que seja fácil chegar ao dia 18 de maio com uma candidatura comum”, avaliou.
Segundo ACM Neto, “não sei nem se isso é bom porque, talvez, 18 de maio seja cedo para definir qual desses nomes é o mais forte, o mais competitivo, que tem melhores chances para disputar a eleição presidencial”. O pré-candidato considera, também, que é necessário mais tempo para amadurecer as discussões — embora já apresentem alto grau de exaustão.
MDB, PSDB e Cidadania discutem o lançamento da candidatura única à Presidência. O União Brasil também faz parte do grupo, mas avalia desembarcar da aliança e lançar Luciano Bivar fora da terceira via. Seria, também, uma forma de não atrelar a legenda à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) já em 2 de outubro sem avaliar as possibilidades que podem surgir no segundo turno — inclusive nos estados.
“Bivar tem apoio total do União Brasil. A candidatura dele tem adesão dentro do partido, tem apoio de todas as correntes partidárias”, garantiu ACM Neto.