Em entrevista coletiva no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (3/5), após reunião com o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a democracia e o distensionamento das relações entre os Poderes.
Segundo Pacheco, o acirramento eleitoral é algo considerado natural, mas a disputa pelos cargos políticos não pode descambar em ataques à democracia.
“As Forças Armadas são importantes, ministérios de Estado são importantes, o Supremo também o é, e o Congresso Nacional tem sua participação. O que não podemos permitir é que o acirramento eleitoral, que é natural do processo eleitoral, possa descambar para aquilo que eu reportei: anomalias graves de se permitir falar sobre intervenção militar, atos institucionais, sobre frustração de eleições, sobre fechamento do STF”, disse.
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Diálogo
Segundo Pacheco, “essas são anomalias graves que precisam ser contidas, rebatidas na mesma proporção a cada instante, porque todos nós temos obrigações com a democracia, com o Estado de Direito e com a Constituição. Esse alinhamento é feito através do diálogo”.
Antes de se reunir com Fux, Pacheco se encontrou com lideranças do Senado Federal. Segundo ele, os senadores presentes na reunião ficaram satisfeitos com o encontro entre os presidentes do Legislativo e do Judiciário e afirmaram que a permanência do diálogo é “fundamental”.
Pacheco disse ainda que a manutenção do diálogo com integrantes do poder Executivo “é o melhor possível” e que o Congresso está “sempre aberto”.
“Sempre aberto, inclusive minha relação com ministros de estado que compõem o governo e que tratam de temas específicos é a melhor possível. Portanto, esse diálogo do Congresso com o poder Executivo e com o próprio presidente da República sempre esteve muito ativo. Tenho muito respeito aos Poderes e a quem chefia os Poderes.”