Segurança

PF aumenta esquema de proteção de presidenciáveis para eleições deste ano

A segurança dos candidatos à Presidência da República será reforçada por conta do aumento da polarização. Capacitação iniciou nesta segunda-feira (2/5)

Mais de 80 policiais começaram, nesta segunda-feira (2/5), um curso básico de proteção à pessoa visando o reforço da segurança dos candidatos que irão concorrer ao Palácio do Planalto em outubro. A estratégia é encabeçada pela Polícia Federal, que decidiu adiantar a preparação dos esquemas de segurança. 

As previsões de uma disputa acirrada entre Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidatos ao Planalto, neste ano, colaboraram para a iniciativa de reforço do esquema de segurança dos postulantes. Desde março, a PF trata do tema. Na época, enviou aos partidos um ofício em que informava a antecipação dos processos de elaboração do plano de proteção dos presidenciáveis. As informações são da Folha de S.Paulo.

"Firme no propósito institucional de aperfeiçoar a atuação e de mitigar os riscos para a segurança dos candidatos e de todos os envolvidos no processo democrático eleitoral, a Polícia Federal tem antecipado as ações visando a elaboração do planejamento operacional para as eleições presidenciais de 2022 e dos planos de ação de segurança pessoal dos candidatos", diz o ofício.

A PF ainda afirma ter "um planejamento operacional bem elaborado eficiente demanda tempo razoável para sua confecção e constante diálogo" com os representantes da campanha e, por isso, já estava querendo iniciar as tratativas com os dirigentes dos partidos que tiverem candidatos.

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Potenciais perigos de cada campanha

Até 2018, a proteção dos candidatos era mais genérica, realizada com base em lei e portaria sucinta do Ministério da Justiça. Após o episódio em que Bolsonaro levou uma facada durante campanha em Juiz de Fora, bem como as ameaças direcionadas à campanha de Fernando Haddad (PT), a polícia editou instrução normativa específica para a segurança dos candidatos à Presidência.

Para 2022, a PF analisará os potenciais perigos de cada campanha e, com isso, definirá o tipo e o tamanho de equipe que será colocada para cada um, num nível de risco de 1 a 5. Mais de 300 policiais estarão envolvidos no processo.

Outra medida prevista na instrução normativa estipula que os candidatos devem avisar suas agendas com 48 horas de antecedência para que os policiais possam analisar a periculosidade de cada evento e fazer varreduras em determinados locais, se necessário. Os presidenciáveis devem fazer um "relato circunstanciado de eventuais situações críticas ou relacionadas à campanha eleitoral que ensejam um maior risco ao candidato".

A PF também poderá desaconselhar a ida a um compromisso caso entenda ser muito inseguro. "Sendo verificado risco de ameaças concretas e contemporâneas ao período em que a proteção estiver sendo prestada, o candidato que se expuser espontaneamente aos riscos assumirá a responsabilidade dos fatos decorrentes, conforme cláusula expressa no Termo de Compromisso constante do Anexo", diz o documento.

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