Este 1º de maio foi dividida em vários estados do país. Os atos de 1º de maio no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais mostraram que o Brasil está dividido entre quem apoia e quem não apoia o governo de Jair Bolsonaro (PL). Políticos dos dois lados também aproveitaram a proximidade das eleições para aparecer para os eleitores.
Em São Paulo, os opositores de Bolsonaro e apoiadores do ex-presidente e pré-candidato Lula (PT) se reuniram em frente ao estádio do Pacaembu, onde Lula discursou por volta das 16h, quando foi recebido aos gritos de "Lula, guerreiro do povo brasileiro". Em sua rápida fala, Lula ressaltou a luta pelos direitos trabalhistas e pediu união. O ex-presidente adotou um tom duro ao falar de Bolsonaro, chamando o atual presidente de "miliciano" citando o assassinato da vereadora Marielle Franco. Ele ainda aproveitou para pedir desculpas a policiais depois de dizer, no sábado, que disse que Bolsonaro "não gosta de gente, gosta de policial".
Nas palavras de ordem, os manifestantes pedem voto em Lula e chamam Bolsonaro de "fascita" e "genocida". A inflação e a alta de preços de itens como alimentos e gasolina também foram muito criticados.
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Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad esteve presente no ato e bradou: "Ele (Jair Bolsonaro) é um presidente de meio período. Na metade do dia, destrói o país. Na outra metade, brinca de jet ski e de moto. Vamos conter esse homem."
Já os bolsonaristas paulistas vestiram verde e amarelo e empunharam bandeiras e faixas com críticas ao STF e ao TSE. Alguns cartazes defendem o impeachment dos ministros do STF. O ponto de encontro foi a Avenida Paulista, onde bolsonaristas estão reunidos no início desta tarde. Em um telão com problemas de áudio, Bolsonaro apareceu numa gravação em que fala sobre defesa da Constituição, falando sobre família e Deus.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, um dos destaques foi a participação do deputado Daniel Silveira em ato pró-Bolsonaro, em Niterói. Ele voltou a dizer que a foi preso inconstitucionalmente e defendeu a liberdade de "presos políticos". "O Brasil hoje tem presos políticos: Roberto Jefferson, eu, Oswaldo Eustáquio, Wellington Macedo, Alan dos Santos exilado, e vários outros que talvez eu não consiga nominar aqui. Isso é inadmissível em um país que grita democracia. Fala que tem democracia, mas age como ditadura. Então, não se dobrem perante a arbitrariedades estatais. Quem manda no Brasil somos nós”, disse.
Minas Gerais
A capital mineira, Belo Horizonte, também se dividiu. Os grupos contra e a favor Bolsonaro se encontraram nas avenidas Bias Fortes e Álvares Cabral, mas nenhum confronto foi registrado.
Os apoiadores de Bolsonara levavam faixas pedindo "intervenção militar" e defendendo "a família e a liberdade". Vestidas com as cores da bandeira nacional, cerca de 400 pessoas criticaram Lula, o STF (chamado em um cartaz de "a instituição mais deplorável do Brasil") e o próprio PT.
Já os contrários ao atual governo, gritaram o "fora, Bolsonaro" e protestaram muito contra a inflação. A política ambiental de Bolsonaro também foi alvo de críticas dos manifestantes.
*Com Estado de Minas e Agências