O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou no programa de rádio do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, na Massa FM, veiculado nesta terça-feira (31/5), que pretende “fatiar a Petrobras” e aproveitou para tecer críticas aos acionistas minoritários da estatal: "Querem lucro e ponto final".
“A privatização da Petrobras leva no mínimo quatro anos. Tenho uma ideia de fatiar a Petrobras. Realmente não está dando certo atualmente”, declarou o presidente.
Ontem, o Ministério de Minas e Energia (MME) formalizou o pedido para incluir a estatal petrolífera no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que é responsável por gerir processos de concessão e privatização.
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Durante o programa, Bolsonaro também voltou a chamar a estatal de “Petrobras Futebol Clube”, em alusão, segundo ele, à prioridade da empresa em tratar de interesses próprios. Ele também relembrou o apelo que fez para que a companhia não fizesse um novo reajuste de preços nos combustíveis.
“Há três semanas, fiz um apelo: 'Petrobras, não reajuste mais o preço porque vai quebrar o Brasil'. O combustível é a correia da inflação. Sobem os mantimentos, sobe tudo”, disse Bolsonaro.
Ontem, o presidente já havia criticado a possibilidade de a Petrobras aumentar o valor do ICMS sobre o diesel em R$ 1, em uma referência ao projeto aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados para fixar o ICMS dos combustíveis, e que não é bem visto pelos governadores. “A Petrobras pode quebrar o Brasil com isso”, alertou.
Crítica a acionistas
O presidente também teceu críticas aos acionistas minoritários da Petrobras: “Esse pessoal não quer saber se o Brasil tem problema ou não tem. Quer lucro e ponto final”. Ele ainda lembrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi responsável por vender papéis da companhia a esses acionistas minoritários.
“Os papéis foram vendidos na época do governo Lula. Desses R$ 44 bilhões de lucro, cerca de 40% vão para os acionistas minoritários. E vão para fora do Brasil cerca de R$ 6 bilhões por mês atualmente, em parte considerável para fundos de pensão para fora do Brasil”, criticou.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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