Eleições 2022

D'Avila diz que dificilmente Lula ou Bolsonaro vencem: "Ameaças à democracia"

Pré-candidato do partido Novo afirma em sabatina do Correio nesta terça-feira (31/5) que a rejeição aos líderes nas pesquisas irá definir a eleição

Raphael Felice
postado em 31/05/2022 14:55 / atualizado em 31/05/2022 22:18
 (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Em sua participação na sabatina do Correio nesta terça-feira (31/5), o pré-candidato do partido Novo, Luiz Felipe D'Avila, se diz esperançoso na vitória de um candidato fora da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL).

De acordo com ele, apesar da liderança do petista e do atual presidente, a rejeição de ambos pode levar outro candidato à disputa do segundo turno.

"Olha, eu estou esperançoso. O nível de rejeição das duas candidaturas, ambos têm rejeição muito alta. Isso é mais importante do que quem esta liderando as pesquisas. Segundo ponto é que, para mais de 60% dos brasileiros, a economia está no caminho errado. Inflação [está] de volta, [há] recorde de desemprego, recessão de 20 anos e aumento da miséria", disse.

"É muito difícil, ao meu ver, a polarização vencer as eleições quando temos um cenário desastroso social e econômico, e com a democracia sofrendo maior risco desde 1985", complementou.

D'Avila afirmou ainda que é "contra populismos de esquerda e de direita" e disse que Lula e Bolsonaro são ameaças à democracia. 

“Estou nessa eleição para derrotar o populismo. Vou estar na trincheira da luta pela democracia no Brasil contra o populista que vencer, caso aconteça. Ameaçam liberdade de imprensa, legitimidade da eleição, a soberania dos Três Poderes. Os dois são assim: Lula tentou corromper a política brasileiro pelo dinheiro. Bolsonaro tenta corromper com arroubos totalitários. Os dois são ameaças à democracia e vai ser uma batalha muito dura para vencer esses populistas”, disse.


Terceira Via

D'Avila criticou o chamado caciquismo político, que, segundo ele, elege grandes bancadas da Câmara dos Deputados para arrecadar recursos do fundo eleitoral. Segundo ele, esse foi um dos motivos que fizeram o Novo se afastar da chamada Terceira Via.

"A questão mais importante é discutir recessão econômica, desemprego, aumento da miséria, isso que a gente precisa debater. Quando a conversa política caminha para o debate do caciquismo político de eleger deputados federais, isso muda. Não importa discutir o país, mas, sim, o tamanho da bancada que vou eleger para arrecadar dinheiro de fundo eleitoral", criticou D'Avila. Ele afirmou que o Novo irá devolver mais de R$ 80 milhões do fundo eleitoral aos cofres públicos.

Sabatina

O Correio recebeu os pré-candidatos à Presidência nesta terça-feira para uma sabatina, na sede do jornal. Cada participante terá em torno de 50 minutos para responder perguntas sobre temas que interessam à toda a sociedade, como situação da economia, trabalho, direitos, segurança pública, saúde e educação. O evento foi transmitido ao vivo pelo site e por todas as redes sociais do jornal.

Assista a sabatina de Luiz Felipe D'Avila (Novo) na íntegra:

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