O Supremo Tribunal Federal (STF) pediu, ao governo do Rio de Janeiro, explicações sobre a operação Polícia Militar realizada na Vila Cruzeiro, Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, que resultou na morte de 26 pessoas. O ofício da Corte foi encaminhado na noite de ontem, assinado pelo ministro Dias Toffoli.
O pedido de esclarecimentos foi uma resposta a uma ação movida pelo Instituto Anjos da Liberdade, que demanda a suspensão desse tipo de operação. A entidade apontou o descumprimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como a ADPF das Favelas, que prevê que as polícias justifiquem a "excepcionalidade" para a realização de uma operação policial numa comunidade, durante a pandemia da covid-19.
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A operação da Vila Cruzeiro é considerada a segunda mais sangrenta do estado. Segundo a PM, o objetivo era prender chefes do Comando Vermelho e suspeitos vindos de outros estados que estariam escondidos na região. No entanto, a ação resultou na morte de moradores da comunidade.
A PM sustenta que a operação estava sendo planejada há meses, mas foi deflagrada de forma emergencial para impedir uma suposta migração dos traficantes para a Rocinha. A Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foram acionadas para ajudar na ação. Segundo as corporações, além dos criminosos do Rio, havia traficantes vindos do Amazonas, Alagoas e Pará.
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