Na próxima terça-feira (31/5), entre 10h e 21h, o Correio Braziliense realiza um dia de sabatina com nove dos 10 candidatos inscritos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para concorrer às eleições presidenciais de 2022. As entrevistas, de aproximadamente uma hora cada, serão transmitidas ao vivo pelo site e redes sociais do jornal.
Cada participante terá de responder perguntas sobre segurança pública, saúde, educação e economia no país formuladas por jornalistas do Correio ou enviadas por leitores, por meio do site do jornal. Será possível utilizar o espaço de comentário enquanto a sabatina vai ao ar. Neste primeiro ano pós-pandemia, o tema sobre os impactos da covid-19 na sociedade brasileira deverão ser parte importante do debate.
A sabatina começa às 10h, com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. Ele ainda não confirmou a participação. Na sequência, participam Vera Lúcia (PSTU), Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Avila (Novo), Luciano Bivar (União Brasil) — a confirmar, Sofia Manzano (PCB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — a confirmar, Pablo Marçal (Pros) e Simone Tebet (MDB). Convidado, o candidato André Janones (Avante) desistiu da sabatina.
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Planos de governo
Para o cientista político Alexandre Pereira da Rocha, eventos como a sabatina do Correio promovem a apresentação de ideias dos candidatos enquanto permitem ao público apresentar as suas próprias provocações, principalmente, quando estabelecem os limites e conflitos desses representantes.
“Os debates e sabatinas são muito importantes para que os candidatos se apresentem. É importante participar do processo de discussão para o esclarecimento eleitoral, e que esses candidatos sejam desafiados com propostas e temas diversos daqueles que estão acostumados nos discursos”, avalia.
Segundo o especialista, “nas redes sociais, o candidato está num palanque. Agora, como vai a uma sabatina, ele demonstra o conhecimento que os eleitores terão a respeito dele. É muito importante porque, na arena política, quanto mais for esclarecido o papel que o candidato estaria apresentando para um possível governo, mais o eleitor terá como referência para questionar o papel desse candidato caso venha a ser eleito”.
O cientista político e sociólogo Antônio Flávio Testa, da Universidade de Brasília (UnB), ressalta que a sabatina também serve para que os candidatos apresentem os planos de governo, principalmente, quanto às suas diretrizes centrais. “O Brasil vive uma situação dramática econômica, social e política. Por isso, o debate entre presidenciáveis deveria, a meu ver, focar em questões estratégicas sobre como vencer a inflação e gerar empregos.”
Para o professor, temas como violência e reforma do Poder Judiciário deverão nortear os debates ao longo do ano eleitoral. “Diminuir a violência, reformar o sistema judiciário estruturalmente, aproveitar as riquezas naturais de forma sustentável, tornar o Brasil competitivo e estimular a juventude a participar da construção do seu futuro são alguns dos temas mais importantes.”
Além disso, Testa aponta que a retomada da indústria no Brasil é um ponto a ser observado nos projetos a serem defendidos pelos entrevistados. “(O Brasil precisa) Desenvolver uma política industrial, energética e ambiental competitiva, reformular a política nacional de ensino e aperfeiçoar o SUS e lutar contra os cartéis da saúde e medicamentos e vacinas. Daí a importância de cobrar dos candidatos saídas factíveis e realistas para a crise”, destaca.
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