O pré-candidato ao Planalto Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta sexta-feira (27/5) que, se as pesquisas eleitorais que apontam a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), se confirmarem, "a nossa tarefa é revertê-las". O ex-governador do Ceará iniciou hoje agenda pelo interior de São Paulo.
"Se essas pesquisas que estão aí se consumarem, a nossa tarefa é revertê-las. Sem qualquer emoção, nem euforia", afirmou Ciro, citando a pesquisa DataFolha divulgada ontem (26) que indica vitória de Lula ainda no primeiro turno, com 48%, contra 27% de Bolsonaro. No levantamento, Ciro ficou em terceiro lugar com 7% das intenções de voto. "O povo brasileiro está sendo induzido pelo sistema a optar por razões negativas pelo ruim contra o coisa pior. Você pode olhar, a motivação é triste, o povo brasileiro está triste".
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O pré-candidato iniciou agenda de viagens a São Paulo nesta sexta e passará por Americana, Jundiaí e Campinas. Amanhã (28), Ciro vai à capital paulista, onde terá eventos no Grajaú, na Zona Sul da cidade, em Cidade Tiradentes, na Zona Leste. Nesta manhã, ele participou de um encontro com dirigentes do PDT em Americana (SP), região metropolitana de Campinas, transmitido ao vivo em suas redes sociais. Estavam presentes também o pré-candidato ao governo de São Paulo Elvis Cezar (PDT) e pré-candidata a deputada federal Maria Giovana Fortunado (PDT).
"Se a gente conseguir convencer a sociedade paulista, paulistana, nós teremos encurtado o caminho para a desafiadora tarefa de mudar o Brasil", disse Ciro. Para o ex-governador, o debate atual deve se concentrar em um "diagnóstico" da crise econômica atual, citando que 70% dos brasileiros trabalham atualmente na "informalidade mais selvagem", e que em 15 ou 20 anos haverá 60 milhões de pessoas sem cobertura previdenciária na velhice.
"Não é o nosso povo que tem faltado à República. Na história brasileira, não é o povo que tem faltado. Quem tem desertado da luta brasileira são as suas elites, que muitas vezes engambelam, produzem e empacotam para o povo versões moralistas, como o Collor", afirmou Ciro. Ele ainda questionou a imagem de Lula como um político de esquerda. "Como, cara-pálida? Como de esquerda? Quando terminou o mandarinato do PT, cinco brasileiros, nos dedos de uma mão, acumulavam a renda dos 100 milhões de brasileiros mais pobres."
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