Inflação no Brasil é "relativamente uma das menores do mundo", diz Bolsonaro

Presidente também retomou o discurso de comparar a situação na Venezuela. "Agradeço a Deus pela força e sua mão em muitos momentos", disse Bolsonaro

Cristiane Noberto

postado em 26/05/2022 17:59 / atualizado em 26/05/2022 17:59

(crédito: ALAN SANTOS/PR)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que a inflação é um problema global provocada pela pandemia da covid-19. Mas, na avaliação dele, o Brasil foi menos impactado do que outros países no mundo.

“Como disse a vocês, o mundo todo atravessa momentos difíceis com inflação em alguns locais fora do Brasil, até mesmo com falta de alimentos. Mas, aqui no Brasil as medidas tomadas pelo nosso governo ajudaram que a inflação fosse relativamente uma das menores do mundo”, disse na cerimônia de entrega do Residencial Buritis, do programa Casa Verde e Amarela, em Coronel Fabriciano (MG), nesta quinta-feira (26/5).

Bolsonaro também retomou o discurso de comparar o Brasil à Venezuela. “Agradeço a Deus pela força e sua mão em muitos momentos. Só Ele explica porque estamos de pé. Não esqueçamos que nós somos escravos das nossas decisões, nós não queremos que o Brasil se transforme numa Venezuela”, afirmou.

Em tom eleitoreiro, o presidente também marcou posição frente a plateia de mineiros. “Também não queremos que o nosso Brasil se aproxime do abismo da esquerda porque nós sabemos que o preço a ser pago por esse frete é muito alto. Acredito em vocês, acredito em Deus e tenho certeza que brevemente voltaremos a normalizar.”

Palanque regional

Bolsonaro corre para começar a campanha em Minas Gerais. Com cerca de 15 milhões de pessoas, o estado tem o segundo maior colégio eleitoral do país. Especialistas afirmam que, quem ganhar os eleitores do estado, ganhará as eleições. Desde a redemocratização, todo candidato diplomado à presidência da República venceu na região.

O presidente ainda tentou fazer um apelo sentimental para a plateia que presenciou o ato simbólico de recebimento de chaves do programa habitacional do governo. “Meu pai só teve a casa própria dele quando eu tinha 30 anos de idade. Realmente é como se fosse uma carta de alforria, como uma liberdade e a certeza de ter um teto de onde vai morar para o resto de sua vida”, frisou.