FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL

"Eles são piores que a gente", diz Guedes, em Davos, a empresários sobre o PT

Na avaliação do ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil "não vai entrar em colapso" se o atual governo vencer as eleições de outubro

Rosana Hessel
postado em 25/05/2022 18:32 / atualizado em 25/05/2022 18:34
 (crédito: Edu Andrade/Ascom/ME)
(crédito: Edu Andrade/Ascom/ME)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não escapou do discurso eleitoral no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e aproveitou a oportunidade para atacar a oposição, que está à frente nas pesquisas. 

Ao ser questionado por um empresário estrangeiro sobre as eleições de outubro, em um painel fechado chamado “Country Strategy Dialogue on Brasil”, Guedes respondeu: “Eles são piores que a gente”, de acordo com o jornal Valor Econômico, que ouviu um dos participantes do encontro. 

Ao ser abordado pelo repórter Assis Moreira, do Valor, sobre a frase dita no evento, o ministro justificou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) faz as coisas melhores do que o principal concorrente na disputa eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ele ressaltou que o empresário perguntou o que acontecerá se o atual governo ganhar novo mandato e a  resposta foi que “vamos seguir nosso ritmo acelerado de reformas”. Na sequência, contou que se houver continuidade do governo Bolsonaro, "o Brasil não vai entrar em colapso", porque a atual administração "reforçou a base institucional". "Só vai andar devagar, quase parando”, disse.

O ministro ainda disse ao repórter que o atual governo “fez em 15 meses o que eles (os governos do PT) fizeram em 15 anos”, referindo-se ao tempo tomado para conseguir zerar o deficit do setor público consolidado.

Em Davos, o ministro da Economia busca vender uma imagem mais positiva do Brasil, mas tem tido dificuldade de transmitir seriedade diante da péssima imagem do presidente Bolsonaro entre os europeus. Ao afirmar, por exemplo, que apenas o Banco Central brasileiro foi o único dos bancos centrais a "não dormir no ponto", ao iniciar o aperto monetário primeiro, recebeu risos em vez de aplausos. Depois ainda atacou, principalmente, a França e disse que o país é "irrelevante".

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