Em cima de uma picape enquanto desfilava pelas ruas de Pariquera-Açu, no interior de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) transmitiu nas redes sociais dele a motociata realizada nesta quinta-feira (12/5). Durante a transmissão, ele afirmou que não vai interferir nos preços da petrolífera “a não ser pelas vias legais”.
“Não podemos estar subordinados às decisões do conselho que está abaixo de leis e da própria Constituição. Não haverá interferência a não ser pelas vias legais, ou seja, ações judiciais e também junto à Advocacia-Geral da União [AGU] para que um parecer [inaudível] passe a valer. Portanto, é inadmissível o lucro abusivo da Petrobras, bem como o descumprimento de leis”, disse rumo à 10ª Feira de Bananicultura e do Agronegócio.
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O presidente também falou do reajuste do gás de cozinha, alegou que zerou o imposto federal do insumo para “ajudar os mais humildes” e cobrou o papel social da estatal. “Mas assim mesmo (o gás de cozinha) tá caro e grande parte deve-se a própria Petrobras, que tem lucros absurdos e parece que não quer fazer cumprir o seu papel social, como prevê a nossa Constituição”, continuou.
“Em um momento como esse, o lucro da Petrobras está na casa dos 30%, o dobro das maiores petrolíferas do mundo”. “Apenas a Petrobras está cada vez mais faturando mais em cima do sofrimento do povo brasileiro”, emendou.
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Já em discurso na Feira de Bananicultura, Bolsonaro disse que o Brasil é um dos países que menos sofre com a inflação, o que não é verdade. “O Brasil é um país que está tendo inflação, está tendo aumento de combustíveis. Sei disso e assumo a minha responsabilidade, mas isso se faz presente no mundo todo. No Brasil, nesse quesito, é um país daqueles que menos está sofrendo com a questão da inflação”, disse o presidente.
De acordo com relatório divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no último dia 4 de maio, a inflação acumulada em 12 meses no Brasil é a terceira maior entre os membros do G20 — grupo das maiores economias do mundo. O Brasil fica atrás apenas da Argentina e da Turquia.
Na quarta-feira (11/5), em entrevista ao Balanço Geral de Maringá, após discurso na 48ª edição da Expoingá, o chefe do Executivo disse que a estatal está "gordíssima, obesa" e voltou a repetir que os números de lucro da estatal são um “estupro” à população.
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