O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a margem de lucro da Petrobras. Em entrevista na noite de quarta-feira (11/5) ao Balanço Geral de Maringá, após discurso na 48ª edição da Expoingá, o chefe do Executivo disse que a estatal está "gordíssima, obesa".
"A Petrobras está gordíssima, está obesa! Poderia, sim, o seu Conselho e diretores reduzir a margem de lucro. A margem de lucro deles é na casa de 30%, já as outras petroleiras estão no máximo em 15%",apontou.
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Bolsonaro ainda comentou a exoneração de Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia, alegando apenas que “foi a pedido”. O presidente se disse “a favor que a Petrobras, assim como as demais petroleiras do mundo todo reduzam sua margem de lucro”. Ele repetiu que os números de lucro da estatal é um “estupro” à população.
“Falei semana passada: O Brasil pode quebrar se a Petrobras continuar agindo dessa maneira. Repito: é um estupro o preço do combustível no Brasil tendo em vista essa Petrobras que só pensa em lucro e mais nada além disso aí. E eu não tenho poderes para mexer em preço de combustível. Lamento o que está acontecendo que atrás disso vem inflação. O povo perdeu poder de compra por causa daquela política do “fique em casa””, alegou, citando ainda como causa do aumento dos produtos a guerra no Leste Europeu.
Na semana passada, a Petrobras divulgou o lucro líquido da estatal no primeiro trimestre deste ano: R$ 44,561 bilhões. O valor é 3.718% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
"Petrobras, você é Brasil! Ou quem está aí dentro não pensa no seu país? O povo está sofrendo bastante com o preço do combustível", acrescentou, pedindo “patriotismo” por parte da petrolífera.
“Eu espero que a brasilidade, o patriotismo se faça valer nesse momento. O que está em jogo é o Brasil“, concluiu.
Ontem, o chefe do Executivo substituiu o almirante Bento Albuquerque por Adolfo Sachsida, ex-chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia. É uma tentativa do presidente de se livrar do ônus do aumento dos combustíveis, que a cada dia pesa mais no bolso dos brasileiros em meio ao seu projeto de reeleição.
Além disso, o projeto de gasodutos defendido pelo Centrão, que custará R$ 100 bilhões, foi outro fator que contribuiu para a saída de Bento, que se posicionou contrário à implementação da medida.
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