O ex-presidente Lula (PT) disse, ontem, que, se for eleito presidente da República, revogará o teto de gastos. O dispositivo foi aprovado durante o governo do ex-presidente Michel Temer e limita o crescimento dos gastos públicos à inflação do ano anterior. Para o pré-candidato do PT, o crescimento econômico é que garantirá o equilíbrio orçamentário.
"Não é que eu vá ser irresponsável, gastar para endividar o futuro da nação. Não. É porque vamos ter que gastar aquilo que é necessário para a produção de artigos produtivos. Quem vai derrubar o gasto em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) é o crescimento econômico, e não o corte orçamentário. Basta a economia crescer que você vai derrubar a diferença", disse Lula, no encontro que teve 26 reitores de universidades federais, em Juiz de Fora (MG).
O município, aliás, foi última cidade mineira visitada pelo ex-presidente — antes esteve em Belo Horizonte e Contagem. Após a reunião com reitores, o petista participou de ato popular e manifestou-se contra a privatização de estatais. "Parem de tentar privatizar as nossas empresas públicas. Quem se meter a comprar a Petrobras, vai ter que conversar conosco depois das eleições. Aprendam a trabalhar, aprendam a investir, aprendam a fazer política econômica, em vez de vender coisas que estão prontas", disse.
A visita de Lula a Juiz de Fora foi marcada pela tensão. Logo ao desembarcar, foi recebido tanto por apoiadores — incluindo militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) — quanto por opositores em frente ao Aeroporto da Serrinha. Para apartar os dois grupos, a Polícia Militar interveio, mas um dos soldados puxou a arma para o pessoal do MST. O vídeo circulou na redes sociais e mostra o PM ameaçando os apoiadores do ex-presidente. A corporação disse que a arma estava carregada com balas não letais.
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