A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou, nesta quarta-feira (11/5), que o Supremo Tribunal Federal (STF) envie à Justiça Federal de Brasília a ação que investiga as falas do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub sobre uma suposta tentativa de compra da casa dele por parte do ministro Ricardo Lewandowski, do STF.
O requerimento foi assinado pela vice-procuradora da República, Lindôra Maria Araujo. A vice-PGR argumenta que a mudança de instâncias deve acontecer pois o "suposto autor dos fatos não é autoridade detentora de foro por prerrogativa de função". Weintraub, não tem mais foro privilegiado, pois deixou o cargo de ministro.
"No presente caso, o suposto autor dos fatos não é autoridade detentora de foro por prerrogativa de função, razão pela qual se conclui que a Procuradoria-Geral da República não tem atribuição para atuar no presente caso", escreveu.
No vídeo que motivou a investigação, Weintraub disse que um dos ministros do Supremo que lhe negou habeas corpus tentou comprar a sua casa em um condomínio fechado, mesmo sem ela estar à venda.
“Moro numa casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu a minha casa e falou: ‘Pô, casa bonita, hein? De quem é?’ Falaram: ‘Abraham Weintraub’. ‘Pergunta para ele se não quer vender para mim’. O que acha disso? É adequado?'”, afirmou em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
Depois das declarações, o ministro Alexandre de Moraes abriu um procedimento preliminar para apurar as falas de Weintraub. O despacho foi dado no inquérito das fake news.
Lewandowski nega
Em fevereiro, o ministro Ricardo Lewandowski negou que tenha visitado e manifestado interesse na casa de Abraham Weintraub. Por meio de nota, ele informou que o ministro visitou duas casas no mesmo local por meio de uma corretora de imóveis, mas que nenhuma pertencia a Weintraub.
"O Gabinete do Ministro Ricardo Lewandowski informa que, por intermédio de uma corretora imobiliária, o Ministro visitou duas casas no referido condomínio em São Paulo, as quais estavam à venda, mas nenhuma delas de propriedade do depoente", disse à época.
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