Uma comissão de parlamentares da Câmara e do Senado irá a Boa Vista, na quinta-feira (12/5), para acompanhar o andamento das investigações sobre o ataque a uma aldeia na Terra Indígena Yanomami, em abril. Representantes das comissões de Direitos Humanos da Câmara e do Senado vão ouvir lideranças indígenas, autoridades policiais, Ministério Público, OAB e organizações não governamentais que atuam na região. A apuração da denúncia de que uma criança de 12 anos teria sido estuprada e assassinada por invasores da reserva é um dos focos da delegação, que será chefiada pelo presidente em exercício da Câmara, Marcelo Ramos (PSD-AM).
A deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), que coordena a comissão especial montada pela Casa para monitorar o problema da violência nas terras yanomamis, disse que o número de denúncias de violações na reserva indígena — a maior do país — não para de crescer e os índios convivem com a ameaça de garimpeiros ilegais.
“Existem reiteradas denúncias. Então, é preciso que a gente se debruce para ouvir os índios yanomamis no estado de Roraima, porque a situação não é simplesmente da possibilidade de ter havido o estupro da menina, no qual houve um clamor muito grande da sociedade. O fato é a violência na área”, disse a deputada.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), informou que a Casa também está organizando um grande seminário para debater os impactos do garimpo ilegal em terras indígenas na Amazônia e apresentar propostas de políticas públicas para enfrentar o problema, que envolve desde casos de violência contra comunidades e aliciamento de jovens índios para atividades ilegais até a contaminação dos rios por mercúrio.
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