O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar, neste sábado (7/5), sobre a Petrobras e disse que o "Brasil não aguenta mais um reajuste". A declaração ocorreu durante visita à Feira Nacional de Soja, no Rio Grande do Sul.
"Essa semana vocês estão conhecendo um pouco mais do que é a Petrobras aqui no Brasil. Temos nichos, temos redutos ainda em nosso governo, espalhados por todo o Brasil, que não entenderam que todos nós estamos no mesmo barco", apontou.
"Eles sabem que o Brasil não aguenta mais um reajuste de combustível numa empresa que fatura dezenas de bilhões de reais por ano às custas do nosso povo brasileiro", acrescentou.
Em live, no último dia 5, Bolsonaro disse que os lucros da estatal são um "estupro". Já ontem, durante viagem a Georgetown, na Guiana, afirmou que a Petrobras é uma “gigante” do setor de gás e óleo.
Na data, a Petrobras divulgou o lucro líquido da estatal no primeiro trimestre deste ano: R$ 44,561 bilhões. O valor é 3.718% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
"Eu não posso entender, a Petrobras durante crise da pandemia e a guerra lá fora, a Petrobras faturar horrores. O lucro da Petrobras é maior que a crise. Isso é um crime, é inadmissível. Eu posso estar equivocado, mas não consigo entender", disse na transmissão.
"Sei que tem acionistas. Mas quem são os acionistas? Fundos de pensões dos Estados Unidos. Nós estamos bancando pensões gordas nos Estados Unidos. Petrobras, estamos em guerra. Petrobras, não aumente mais o preço dos combustíveis. O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo. Vocês não podem mais aumentar mais os preços dos combustíveis".
"O momento é de guerra. A gente apela para a Petrobras. Não reajuste os preços dos combustíveis. Vocês estão tendo um lucro absurdo. Se continuar tendo lucro dessa forma, e aumentando o preço dos combustíveis, vai quebrar o Brasil", disse.
Bolsonaro ainda comentou na ocasião sobre os salários do presidente da Petrobras e diretores.
"O presidente da Petrobras, não quero criticá-lo, acabou de entrar, mas ele ganha por mês R$ 210 mil. Cada um dos diretores ganha R$ 110 mil. E, quando acaba o ano, se a Petrobras for lucrativa, como está sendo, eles ganham mais seis, sete ou oito salários de bonificação. Essas pessoas não estão preocupadas com o preço do combustível. Não quero criticá-los, mas com esse salário vocês têm obrigação de buscar alternativa".
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