Nesta semana, mais uma categoria se uniu aos servidores do Banco Central e da Receita Federal em paralisação por reajuste. A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) aprovou a greve junto a um pedido de renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que também é delegado.
A decisão pela paralisação dos delegados foi aprovada em assembleia extraordinária realizada na segunda-feira (2/5) e terça-feira (3/5) pela ADPF, após a categoria demonstrar insatisfação com o possível reajuste de 5% uniforme a todos os servidores federais — abaixo das expectativas da categoria que esperavam um número maior com base na reserva de R$ 1,7 bilhão no Orçamento de 2023 e reestruturação de carreiras.
Os policiais civis do Distrito Federal também estão em busca de reajuste. Após encaminhamento do GDF, o caso está nas mãos do Ministério da Economia. Alex Galvão, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito (Sinpol-DF), explicou que há condições orçamentárias para o reajuste de 10%. “Estamos abaixo dos federais desde 2017. Estamos aguardando manifestação da Economia e no nosso caso o Orçamento comporta. Não está descartado nenhum movimento, como paralisação dependendo do que for negociado. Estamos querendo um empenho do GDF para resolver essa questão”, disse.
A Associação Nacional dos Servidores Públicos Federais Agrários (Cnasi-AN), órgão que representa 90% dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também mostrou descontentamento com as negociações do reajuste. “No Incra há uma concordância geral, embora não seja unanimidade, que o percentual de 5% é muito baixo e não compensa as perdas inflacionárias do ano passado”, diz Reginaldo Marcos Aguiar, diretor da Cnas-AN.
“Mesmo assim, não temos identificado clima para greve no Incra, pois a pandemia desarticulou muito a mobilização dos servidores. No entanto, se o movimento grevista ganhar corpo em outros órgãos essa disposição pode mudar e os servidores do Incra poderiam aderir a greve geral”, explicou ao Correio.
Os funcionários do Banco Central, que iniciaram greve no começo de abril, sinalizaram que a paralisação deve continuar. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato Nacional Dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad.
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