O presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou nesta sexta-feira (6/5) na Guiana. Acompanham o chefe do Executivo o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho e o governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas).
Na live de quinta-feira, Bolsonaro comentou sobre a viagem e apontou que visa discutir com representantes da Guiana a participação da empresa na exploração de petróleo e gás na região. "Guiana e Suriname descobriram reservas de gás e petróleo equivalentes a 40% das atuais reservas brasileiras. Estamos indo para lá com a Petrobras para ela participar desse mercado. Teoricamente, a Petrobras poderá aumentar sua área de atuação no Brasil em 40%", estima o presidente.
Na mesma live, Bolsonaro gritou exaltado que os lucros da estatal são um "estupro".
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, durante os encontros previstos em Georgetown, os presidentes discutirão temas prioritários da agenda bilateral, como comércio e investimentos, infraestrutura, energia e cooperação em defesa e segurança, além de questões das pautas regional e mundial.
“Brasil e Guiana mantêm tradicionais relações de amizade, que vêm se intensificando nos últimos anos, em particular à luz do potencial de desenvolvimento criado pela descoberta e início da exploração de hidrocarbonetos no país vizinho. O intercâmbio bilateral mais do que dobrou nos dois últimos anos, passando de aproximadamente de USD 58 milhões, em 2020, para USD 118,6 milhões, em 2021”, informou em nota.
A viagem do presidente a Guiana deveria ter ocorrido em janeiro, mas foi cancelada por conta da morte da mãe de Bolsonaro, Dona Olinda, aos 94 anos. Na capital Georgetown, o chefe do Executivo se encontrará com o presidente, Mohamed Ali, para discutir cooperação no setor de Petróleo. Em seguida, participará da cerimônia de troca de atos internacionais. Também está prevista uma declaração à imprensa no começo da tarde, além de um almoço em homenagem a Bolsonaro, oferecido pelo presidente do país.
Apesar do retorno de Bolsonaro ao país ainda à noite, como se trata de uma viagem internacional, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assumirá temporariamente a presidência da República. Isso porque o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o presidente da Câmara, Arthur Lira, também cumprem agendas internacionais. O general está no Uruguai e Lira nos Estados Unidos.
Pacheco é o terceiro na linha de sucessão palaciana. Ele já informou que não está prevista a assinatura de nenhum ato ou medida e que se trata “do cumprimento de uma obrigação constitucional”.
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