Uma crise recorrente
Não é a primeira vez que chefes de Poderes tentam conter uma crise institucional detonada pelo Palácio do Planalto. Relembre dois episódios:
"Respeito mútuo"
Em agosto de 2021, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, cancelou uma reunião programada com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O motivo foram os ataques do chefe do Executivo a integrantes da Corte.
Escreveu Fux: "O Presidente da República tem reiterado ofensas e ataques de inverdades a integrantes desta Corte, em especial os Ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Além disso, Sua Excelência mantém a divulgação de interpretações equivocadas de decisões do Plenário, bem como insiste em colocar sob suspeição a higidez do processo eleitoral brasileiro". Fux acrescentou: "O pressuposto do diálogo entre os Poderes é o respeito mútuo entre as instituições e seus integrantes".
Carta à nação
Dois dias depois dos atos de 7 de Setembro de 2021, quando disse que não cumpriria mais decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, o presidente Jair Bolsonaro publicou uma "Declaração à Nação". No documento, disse que nunca teve a "intenção de agredir quaisquer poderes". E completou: "Minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram ao bem comum". O presidente Bolsonaro divulgou a carta à nação após encontro com o ex-presidente Michel Temer, no Palácio do Alvorada. O titular do Planalto enviou um avião a São Paulo para buscar o emedebista.
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