O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (03), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 69/2019, que adiciona a chamada economia solidária entre um princípio da ordem econômica do Brasil. A PEC de autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA) foi aprovada com 64 votos a favor e sete contra. Agora, o texto segue para a Câmara dos Deputados.
A economia solidária é o nome adotado para o conjunto de atividades econômicas, como produção, distribuição e consumo sob forma de uma espécie de gestão horizontal pelos colaboradores, ou seja, sem a figura de um chefe ou patrão. O texto relatado pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) afirma que seus princípios são autogestão, democracia, solidariedade, cooperação, respeito à natureza, comércio justo e consumo solidário.
“Apesar do nome, a economia solidária é uma atividade produtiva, são cooperativas, são até empresas cuja gestão é compartilhada. Em alguns casos de falências dessas empresas, a solução dos funcionários é tomar legalmente essas empresas e fazê-las voltar a produzir para não perderem os postos de trabalho. As cooperativas de catadores de papel e de lixo reciclado enquadram-se na categoria economia solidária, pelo fato de que há junção de interessados para uma solução”, disse o senador Jaques Wagner.
“Economia solidária é um movimento que diz respeito à produção, consumo e distribuição de riqueza, com foco na valorização do ser humano. A sua base são os empreendimentos coletivos (associação, cooperativa, grupo informal e sociedade mercantil). Há atualmente no Brasil cerca de trinta mil empreendimentos solidários, em vários setores da economia, que geram renda para mais de dois milhões de pessoas”, diz o documento aprovado.
Inicialmente, destaca o relator, o movimento da economia solidária teve o objetivo de combater a miséria e o desemprego gerados pela crise econômica que atingiu o Brasil na década de 1980. Com o passar do tempo, o movimento da economia solidária se transformou em um modelo de desenvolvimento que promove não só a inclusão social, mas constitui uma alternativa ao individualismo exacerbado.
O texto tinha sido aprovado, em primeiro turno, no dia 16 de dezembro do ano passado, por 56 a 9.
Saiba Mais
- Esportes Guardiola elogia Gabriel Jesus antes de semi da Liga dos Campeões
- Diversão e Arte ‘Envolver’ figura pela quarta semana entre mais tocadas da Billboard
- Cidades DF Morre ministro do Tribunal Militar Cherubim Rosa Filho, aos 95 anos
- Esportes Ancelotti diz que Real Madrid será último clube antes da aposentadoria
- Enem Enem 2022: Inscrições começam em uma semana
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.