Em ato de apoio em SP, Ramos diz que Lula não "falhou na democracia"

"O que está em disputa nesta eleição é o direito de continuar discordando, é o direito de disputar opinião e a pauta política do país", afirmou

Deborah Hana Cardoso

postado em 03/05/2022 12:18 / atualizado em 03/05/2022 14:56

(crédito: Reprodução/TVPT )

O Solidariedade oficializou o apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo ficializou nesta terça-feira (3/5) por meio de um ato no Sindicato dos Metalúrgicos em São Paulo. No evento estão presentes Lula e seu pré-candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), entre outros.

Ramos disse em seu discurso que, nesta eleição, o que está em disputa é a democracia contra a barbárie. “Eu não tenho dúvida do compromisso de Lula com a democracia. Nenhum presidente teve uma oposição tão ferrenha na política, em setores econômicos, na mídia e, ainda sim, não falhou na democracia”, afirmou.

“Ainda que eu possa discordar de muitas questões de costumes, de política e econômicas do presidente Lula, o que está em disputa nesta eleição é o direito de continuar discordando, é o direito de disputar opinião e a pauta política do país”, emendou.

Segundo Ramos, “o presidente Lula foi impedido de disputar uma eleição por um áudio captado ilegalmente e vazado ilegalmente, mas não duvidou da democracia. Ele viu a presidente Dilma ser impeachmada num processo de natureza política e não duvidou da democracia”.

Daniel Silveira

Indiretamente, o deputado ainda comparou o caso de Lula ao do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que recebeu a graça constitucional do presidente Jair Bolsonaro (PL) após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ele (Lula) foi preso e, aos gritos de homens e mulheres para que não se entregasse, se entregou. Ele não aceitou nenhuma redução de pena. Nas regras do Estado de Direito, resgatou a sua liberdade e os seus direitos políticos e o seu direito de se oferecer como alternativa ao Brasil”, disse o vice-presidente da Câmara.