O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) comentou o pedido de desculpas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a policiais. Na semana passada, o petista disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL). O general apontou que, ultimamente, Lula só tem “atravessando o samba”. A declaração foi feita a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira (2/5).
"O Lula, de vez em quando, de vez em quando não, ultimamente, só tem atravessado o samba. Então, o problema é dele, [ele tem que] medir as palavras", apontou.
No último dia 30, Lula disse que Bolsonaro "gosta de armas e de policiais", mas "não gosta de gente".
"Ele não tem sentimento, ele não gosta de gente, ele gosta de policial. Ele não gosta de livro, ou estaria distribuindo nas escolas. Ele gosta de arma. Ele gosta de distribuir armas, de abrir escolas de tiro ao alvo. Ele gosta de facilitar o consumo de rifles e de pistolas, quando, na verdade, o povo brasileiro não está precisando de armas, está precisando de paz. Está precisando de livro, de escola, de viver um clima de amor, de harmonia, de afeto", defendeu na ocasião.
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Ontem (1º), em evento do Dia do Trabalho, Lula se desculpou afirmando que queria se referir a milicianos e não policiais.
"Quando eu estava fazendo o discurso [sábado, 30/4], eu queria dizer que o Bolsonaro só gosta de milícia, ele não gosta de gente. E eu falei que ele só gosta de polícia, não gosta de gente. E eu quero aproveitar para pedir desculpas aos policiais deste país, porque, muitas vezes, comete erros, mas muitas vezes salva muita gente, o povo trabalhador. E nós temos que tratá-los como trabalhadores nesse país. Eu resolvi pedir desculpas junto a vocês, porque neste país o habitual é as pessoas não pedirem desculpa", concluiu.
Semanas atrás, Lula também teceu comentários vistos com preocupação por aliados, em relação ao aborto. O ex-presidente afirmou que "mulheres pobres morrem tentando abortar, enquanto madames vão para Paris", e que o tema deve ser tratado como questão de saúde pública.
Outra fala de Lula que gerou polêmica ocorreu no começo do mês passado, em evento na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), também em São Paulo, onde ele sugeriu que populares fossem às portas das residências de parlamentares como forma de protesto. O ex-presidente defendeu que realizar atos no Congresso Nacional não gera resultados e pediu que a população "mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas para a casa desse deputado. Não é para xingar, não, é para conversar com ele, conversar com a mulher dele, conversar com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele".
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