Durante em seu discurso nesta quinta-feira (28/4), na cerimônia de entrega de títulos de terras em Paragominas, no Pará, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez referências a críticas ao governo na economia e sobre a sua ida à Rússia antes da guerra. “Eu sou o presidente do Brasil”, rebateu.
Bolsonaro falou novamente sobre sua viagem a Moscou, em fevereiro, durante o escalar das tensões no leste europeu, e que, na ocasião, prestou solidariedade à Rússia ao se encontrar com o presidente Vladimir Putin. “Somos solidários à Rússia”, reforçou.
No Pará, ele afirmou que foi “do outro lado do mundo negociar fertilizantes” e que, por isso, recebeu críticas. “Eu sou o presidente do Brasil”, reiterou. "Enquanto vocês quiserem, eu serei o presidente de vocês”, emendou, provocando aplausos e gritos de “mito” dos presentes.
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Apesar do aparente motivo comercial apontado por Bolsonaro para a viagem, este mês, o Ministério das Relações Exteriores colocou sob sigilo os relatórios relacionados à visita a Putin por cinco anos — de 21 de fevereiro até a mesma data em 2027.
No discurso, Bolsonaro fez ainda uma série de apontamentos em relação à guerra na Ucrânia e à pandemia da covid-19. “Sofremos as consequências da pandemia e de uma guerra distante daqui”, disse, enumerando os problemas: “inflação, combustíveis e energia”. Como o evento era voltado para produtores rurais, em tom de campanha, aproveitou para fazer um aceno aos presentes. “Não temos desabastecimento”, ressaltou, sendo aplaudido.