Por 24 votos a favor e nove em branco, Kim Kataguiri (União-SP) se tornou, nesta quarta-feira (27/4), presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Com 26 anos e no primeiro mandato na Casa, ele cuidará dos assuntos relativos à educação em geral, como política e sistema educacional, direito à educação e recursos humanos e financeiros para o setor.
Ao indicar as prioridades que terá à frente da comissão, destacou o direcionamento dos investimentos para o jardim de infância, principalmente a alfabetização. "Uma criança que não sabe ler e escrever está condenada neste sistema atual de perpetuação da miséria e desigualdade social", disse. Lembrou também que por ser ano de eleições terão muito trabalho em pouco tempo.
Além disso, prometeu uma atuação dura sobre a apuração de denúncias de corrupção nos recursos para o setor. "O problema de gestão no ensino brasileiro também envolve canalhice. Roubar dinheiro da educação compromete a vida de famílias inteiras", afirmou.
O deputado é cofundador e coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) — organização política liberal, que protagonizou protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff e outras ações políticas nacionais.
Recentemente o movimento ficou conhecido pelo caso que envolveu o ex-deputado Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, que sofreu um processo disciplinar por causa do áudio com falar sexistas direcionadas à refugiadas ucranianas.
Kataguiri também esteve envolvido, em fevereiro deste ano, em um episódio de apologia ao nazismo. Em uma entrevista com Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, concordou com as ideias de que não havia nada de errado em perseguir judeus. Na ocasião, Kataguiri criticou a criminalização de ideologia nazista na Alemanha.
A escolha por Kataguiri gerou críticas da oposição. Os deputados Glauber Braga (Psol-RJ) e Ivan Valente (Psol-SP) se manifestaram. Ao final, a chapa ficou composta, até agora, somente por representantes do União. A substituição também foi da Professora Dorinha Seabra Rezende (TO), do mesmo partido.