O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, durante o evento “Liberdade de Expressão”, no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (27/4), que recebeu informações de que seu filho 02, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), seria preso por disseminação de fake news.
Bolsonaro criticou o que chamou de cerceamento da liberdade de expressão e das mídias sociais. “Não atinge apenas a mim, quem foi meu marqueteiro? Carlos Bolsonaro, que por várias vezes chegou para mim informações de ameaças de prisão por fake news”, disse. “Vai prender o filho do presidente por fake news? É grave”, destacou.
Para ele, a privação de liberdade de qualquer brasileiro por “defender o que acredita” é algo grave, ainda mais um parlamentar “que tem a liberdade para defender o que bem entender e usar da palavra como bem quiser”, afirmou.
A afirmação foi feita em referência ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 9 meses de prisão por ameaça às instiuições e a membros da Suprema Corte. Ele recebeu a graça constitucional por decreto presidencial e esteve no Palácio do Planalto nesta tarde para o evento.
“É grave prender qualquer brasileiro, mais grave prender um parlamentar que tem a liberdade para defender o que bem entender e usar da palavra como bem quiser. Isso é liberdade”, disse.
Redes sociais
Bolsonaro ainda explicou que se reuniu com o WhatsApp Brasil (empresa controlada pelo grupo Meta) e outras empresas de mídia ainda hoje e questionou: “Tem acordo ou não tem com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e, se tem, que acordo é esse que passa por cima da Constituição? Eu vou entrar em campo usando meu exército, meus 23 ministros”. Depois disso, completou dizendo que não queria polemizar o assunto.