Eleições

Ciro diz que possui 'ideias distantes' para acordo com terceira via

Em entrevista, pedetista, que disse que sentaria à mesa após ausência de Sergio Moro, diz que prefere conversar com partidos que não têm candidato

Em entrevista nesta quarta-feira (27/4), após participar da 21ª Marcha de Vereadores, Ciro Gomes (PDT), voltou a se distanciar da terceira via ao afirmar que "não faz parte do movimento".

Apesar de ter se aproximado do PSD, de Gilberto Kassab, e de ter recebido elogios de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o pedetista afirmou que o entendimento da terceira via está "distante".

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"Você tem a imprensa misturando, o que é natural, a terceira via com meu movimento de aproximação com o PSD. Eu não sou da terceira via. A distinção: terceira via tem candidatos. MDB tem candidata, União Brasil agora tem candidato, PSDB tem candidato. Eles estão numa dinâmica, e eu, em outra. O que estou fazendo: eu estou tentando é atrair uma ampla aliança de centro-esquerda com solidez, na prática, dos interesses do Brasil, que produz e trabalha com o Brasil social-miseravel e pobre, com objetivo de superar a miséria", disse Ciro.

Discordâncias

Segundo Ciro, há distanciamento em razão da discordância com alguns participantes da terceira via, como o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB). Entre os pontos de divergência estão as privatizações e a política de paridade internacional (PPI) dos combustíveis.

Estatais

"Hoje, eu diria que é muito distante o ponto de partida sobre o que eu penso e que o Doria pensa. Por exemplo, política de preços da Petrobras: considero crime e eles querem manter. Privatização da Eletrobras, sou radicalmente contra. Se privatizar, eu estatizo", afirmou.

Em sua participação na Marcha de Vereadores, hoje, o presidenciável falou sobre seu projeto de governo e fez críticas, também, aos modelos econômico e de governança brasileiros sobre as altas taxas de juros, além de críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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