Em discurso todo em libras, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, afirmou que o Brasil tem condições de ser “exemplo de acessibilidade para o mundo”. A primeira-dama participou, ao lado do chefe do Executivo, nesta terça-feira (26/4), da entrega do Canal Educação e Canal Libras, ocorrido no Palácio do Planalto. A esposa do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem aparecido cada vez mais ao lado dele em entregas assistenciais.
Michelle lembrou, na cerimônia, que a Lei 10.436/02, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras), completou 20 anos no último domingo (24).
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“A língua é para contribuir com identidade e valorização dos surdos. Sempre me coloco no lugar dos meus amigos surdos, que se sentem como estrangeiros em seu próprio país. Imagine, você, entrar em uma farmácia e não conseguir comprar um remédio, pois o atendente não fala sua língua. Todos podemos fazer a nossa parte para a mudança da sociedade”, disse em sinais.
A primeira-dama citou também que, no intuito de promover maior inclusão, os cidadãos podem, por exemplo, “fazer um curso básico de libras, respeitar os intérpretes, não bloquear a visão dos surdos. Aceitar que a surdez não afeta a capacidade cognitiva das pessoas e trabalhar para quebrar as barreiras linguísticas do Brasil”.
A equipe responsável pela campanha de reeleição de Bolsonaro ao Planalto enxerga na primeira-dama uma importante ferramenta para atingir camadas de eleitorado que ele não conversa diretamente.
Nas últimas semanas, Michelle fez discursos ao lado do marido, em especial sobre pautas que ela acompanha, como das mulheres e pessoas com deficiência. Ela é vista como importante ponte com esses dois públicos.