Indulto

Randolfe vai ao STF para derrubar graça concedida por Bolsonaro a Silveira

Líder da oposição no Senado Federal, ele cita artigo que diz que "crimes contra a ordem constitucional não podem ser passíveis" do benefício à graça ou indulto

Na noite desta quinta-feira (21/4), o líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), criticou a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder graça ao deputado federal Daniel Silveira e afirmou que vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF).

O senador afirmou ainda que o presidente da República quer colocar fogo no Brasil ao decretar graça a Daniel Silveira e afirmou que ele foi condenado a 8 anos e 9 meses por atentar contra a democracia.

"Daniel Silveira foi condenado por tentar impedir o livre funcionamento dos Poderes. O que o Presidente da República faz? Usa um dos Poderes para perdoar o criminoso. A missão de Bolsonaro e do Bolsonarismo é esculhambar a Constituição. Não Permitiremos!!", publicou o senador.

Contexto

Condenado pelo STF na última quarta-feira (20/1) a cumprir 8 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo, Daniel Silveira foi preso em 2021 por ameaçar os ministros do Supremo e insuflar apoiadores a agredir ministros, como Edson Fachin e Alexandre de Moraes - que decretou a prisão de Silveira antes da decisão em colegiado da Corte. Silveira chegou a dizer que Fachin deveria ser agredido "com um gato morto na cara até ele parar de miar".

Segundo o decreto publicado por Bolsonaro no Diário Oficial da União (DOU), as ameaças de Silveira foram "exercício de sua liberdade de expressão". 

Bolsonaro concedeu o indulto individual ao deputado antes mesmo do trânsito em julgado. 

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