Investigado por suposto tráfico de influência, Jair Renan Bolsonaro afirmou à Polícia Federal (PF) que seu nome foi envolvido em um esquema para “ganhos pessoais”. O jovem depôs na sede da corporação no último dia 7.
Com mais de cinco horas de depoimento, os policiais questionaram ao filho 04 do presidente Jair Bolsonaro (PL) se ele havia usado sua empresa - Bolsonaro Jr Eventos e Mídia - para favorecer empresários dentro do governo federal. Segundo a investigação, haveria articulação com companhias do ramo de mineração e o então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
De acordo com a peça, o personal trainer e sócio de Renan, Allan Lucena, recebeu doação de um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil, destinado a um projeto social. Após cerca de um mês, a empresa que fez a contribuição estava marcada na agenda do ex-ministro.
Segundo o jornal O Globo, ao negar as acusações, Jair Renan afirmou à PF que “quem resolvia tudo (da empresa) era Allan". Ele também teria dito que não recebeu qualquer pedido de intermediação entre os empresários e Marinho.
A PF começou a investigar Renan ainda em 2021, após provocação de parlamentares de oposição ao governo Bolsonaro, que entregaram a denúncia ao Ministério Público Federal (MPF). Após a repercussão do caso, o carro elétrico foi devolvido.