10 a 1: sem
chance para
reverter cassação
O placar da condenação de Daniel Silveira no Supremo Tribunal Federal dificultará a ação de seus aliados no Parlamento. A tendência do Legislativo hoje é buscar a pacificação entre os Poderes. Diante da maioria do STF, não haverá muito o que fazer. Se a Câmara chancelou quando foi uma decisão monocrática, não será agora, com a acachapante derrota de Silveira, que a Casa irá mudar o seu posicionamento.
A ideia dos congressistas é aproveitar o feriado para chegar a uma definição a respeito. Ou seja, se resolve logo o caso na Mesa Diretora da Câmara, apenas acatando a decisão do STF, ou se leva ao plenário. Em princípio, a ideia é, quanto antes este assunto sair de cena, melhor.
À flor da pele
O bolsonarismo sai do julgamento do caso do deputado Daniel Silveira ávido para buscar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. E, entre aliados do presidente Jair Bolsonaro, há quem diga que o grupo não irá "baixar a bola" dessa história por se tratar de um ano eleitoral. O STF, porém, mandou um duro recado, não só aos apoiadores de Bolsonaro, mas a qualquer um: é preciso separar as ameaças e a barbárie das manifestações democráticas de liberdade de expressão.
Duas medidas
Os bolsonaristas se preparam para cantar aos quatro ventos que, no caso de Lula, os ministros do Supremo Tribunal Federal viram erros processuais. No caso de Daniel Silveira, segundo avaliação de juristas ligados a Bolsonaro, também houve erros. Isso não foi levado em conta para aliviar a vida do deputado.
Só pedreira
A largada eleitoral não está fácil para ninguém. Nem mesmo Lula, que lidera as pesquisas, dá sinais de que chegará tranquilo na abertura oficial da campanha, diante dos problemas na comunicação e na disputa interna entre os mais pragmáticos e aqueles apegados às bandeiras ideológicas.
Veja bem
A fala de Ciro Gomes, na sabatina do Uol, dizendo que não há chance de apoiar Lula, não é consenso no partido. Se a passagem para o segundo turno confirmar as pesquisas de hoje, com Lula lá, o PDT apoiará o petista.
Mudou o foco
A conversa entre João Doria e Eduardo Leite e a ideia de que os tucanos arrefeceram os ânimos não duraram 24 horas. A avaliação agora é a de que o presidente do partido, Bruno Araújo, é um comandante a serviço do "recém-chegado" governador de São Paulo, Rodrigo Garcia.
Vitor Hugo versus Caiado/ Embora o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) tenha participado da solenidade de entrega de títulos de terra junto com o presidente Jair Bolsonaro, as vaias que recebeu de parte da torcida bolsonarista demonstram as dificuldades de reeleição para o governo goiano. A turma de Bolsonaro apoiou Caiado em 2018, mas agora vai de Vitor Hugo. O bolsonarismo quer testar sua força.
Resistência e resiliência/ A diretora do Instituto de Artes da UnB, Fátima Aparecida dos Santos, que conduziu a solenidade de colação de grau da turma de 2021/2, se emocionou ao falar da maratona dos alunos ao longo da pandemia. Ela lembrou a dificuldade de muitos em ter um espaço de concentração, assistindo a aulas "com cachorro latindo ao fundo, a avó avisando que o feijão ia queimar, o vizinho com o som no último volume". "Nenhum desistiu", comemorou. Prova da resiliência e resistência dos jovens. Que sejam felizes.
Por falar em felicidade.../ A solenidade do aniversário de Brasília na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira deixou a deputada Celina Leão (PP-DF) nas nuvens. Ao chamá-la para discursar, o deputado Luis Miranda disse que uma parcela de seu eleitorado já avisou que, se ele fosse para São Paulo, os votos seriam de "Celinda". "É assim que eles te chamam viu?".
Parabéns, Brasília. Essa "senhora" linda e charmosa que acolhe todos os brasileiros.