Eleições

Ciro critica Lula e descarta apoio ao petista, mas admite que Bolsonaro é pior

Pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes afirmou, em sabatina realizada nesta quarta-feira (20/4), que há diálogo com o União Brasil em relação à candidatura única do "centro democrático"

O pré-candidato ao Planalto Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira (20/4) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é responsável pela corrupção no governo e reforçou não haver possibilidade de uma aliança com o petista. Ele admitiu, porém, que considera o presidente Jair Bolsonaro (PL) pior. 

"Lula é responsável por ter levado a corrupção para o centro do poder no país. No ano seguinte do golpe, Lula estava abraçado com os promotores desse mesmo golpe", disse Ciro, em sabatina realizada hoje pela Folha de S.Paulo e pelo UOL, citando o impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

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O pré-candidato também afirmou que o ex-presidente Lula está "destruindo as organizações partidárias", citando legendas que já declararam apoio ao petista: PSol, PCdoB e PSB. Ciro descarta qualquer tipo de apoio a Lula. Sobre um possível segundo turno, porém, ele afirma que nunca votou nulo ou em branco, e que o momento seria de votar "no menos pior".

Questionado sobre Bolsoaro, que tentará a reeleição, Ciro admitiu que o considera pior que Lula. "É um grande corrupto, um grande incompetente, mas é um fascista", disse, afirmando que o petista atua dentro da democracia.

Diálogo com a terceira via

Ciro aproveitou para esclarecer sua aproximação com o União Brasil e as negociações com os partidos que apresentarão candidatura única do "centro democrático". O lançamento está marcado para o dia 18 de maio, mas o pré-candidato acredita que o anúncio será adiado.

Ele defendeu que a aproximação com partidos não pode ser um "conchavo despolitizado", e que não tem restrições agora que Moro, ao qual classificou como um "inimigo da República", não está mais cotado para concorrer ao Planalto.

Além disso, Ciro Gomes não descartou a possibilidade de concorrer como vice caso as negociações com a terceira via avancem, mas reforça que será candidato pelo menos até julho.

"O diálogo pressupõe uma página em aberto. [...] Quem senta para dialogar senta para dialogar mesmo. Agora, nem eu exijo que ninguém retire a candidatura e nem eu posso chegar dizendo que admito retirar a candidatura", disse Ciro.

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