Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, disse, neste sábado (16/4), não haver qualquer possibilidade de ele ou do partido apoiarem a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
"Zero", disse o deputado federal sobre apoio à candidatura de reeleição do atual presidente da República. Paulinho da Força deve se reunir com Gleisi Hoffmann, presidente do PT, na próxima semana para rediscutir os termos da aliança em torno do nome do ex-presidente Lula.
Exigência de Paulinho, o encontro definirá o papel do Solidariedade na provável aliança, após ele ter sido vaiado em ato que reuniu militantes e sindicalistas com Lula na última quinta-feira, em São Paulo.
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“Diante do ocorrido, queremos saber o que pensa o PT. O Solidariedade não quer ser o patinho feio dessa aliança, queremos discutir uma aliança ampla entre aqueles que estão descontentes com o governo Bolsonaro, e não apenas entre partidos de esquerda, mas de centro. Ou seja, uma aliança muito maior do que pensa talvez uma parte do PT", disse o deputado.
Depois das vaias, o Solidariedade cancelou a reunião Executiva do partido que seria usada para oficializar o apoio a Lula, antes do lançamento oficial da pré-candidatura petista, planejada para ocorrer em 7 de maio.
“Foi só isso que mudou. O Solidariedade quer a aliança, mas não só com os partidos centro", afirmou Paulinho.
Vaia não teve relação com o PT, diz Gleisi
Gleisi disse, na sexta-feira (15/4), em entrevista ao Estadão, que a vaia sofrida por Paulinho não teve nenhuma relação com o PT. “A vaia foi de um pequeno grupo e não tem nada a ver com o PT. A maioria da nossa militância entende como importante o apoio e presença do Solidariedade e dele Paulinho na coligação com Lula. Queremos que ele esteja conosco nessa caminhada”, disse a dirigente partidária.
Alguns petistas costumam lembrar que o presidente do Solidariedade votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.