Morreu na madrugada deste sábado o ex-deputado pernambucano Egídio Ferreira Lima, aos 92 anos. Ele faleceu em casa, em Recife, devido a complicações renais e pulmonares. Egídio deixa uma filha e três netos. O velório será neste sábado (16/4), na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O enterro será no Cemitério de Santo Amaro.
O juiz e professor de direito Egídio Ferreira Lima foi um dos nomes da luta pela redemocratização do Brasil. Na política, foi vereador, deputado estadual e deputado federal constituinte e se destacou por lutar em prol dos direitos de trabalhadores.
Egídio Ferreira Lima nasceu em Timbaúba (PE) e se formou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A veia política e o gosto pelos palanques vieram desde cedo, fazendo com que ele tenha se destacado como líder estudantil na década de 1950. Isso fez com que a carreira jurídica durasse pouco: Egídio se formou em 1955 e, em 1963, resolveu dedicar-se à carreira política e ao ensino na Faculdade de Direito da UFPE.
Quando era deputado estadual por Pernambuco, o emedebista se destacou pela oposição ao regime militar. O mandato foi assumido em 1967, mas no ano seguinte, o parlamentar teve os direitos políticos cassados pelo Ato Institucional nº 5. Em 1970, criou o chamado "grupo dos autênticos", ala mais à esquerda do MDB.
A cadeira na Câmara dos Deputados chegou em 1983, já pelo PMDB. Ali, Egídio encampou a campanha Diretas Já, pela volta das eleições diretas para a presidência da República e para governadores. Em 1986, ele foi reeleito como deputado federal. Em 1991, Egídio deixou a Câmara e voltou à advocacia, mantendo escritório na capital pernambucana.