O reforço de policiamento por conta da motociata do presidente Jair Bolsonaro (PL), na sexta-feira (15/4), custou R$ 1 milhão aos cofres públicos, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Governo de São Paulo, em nota. Um efetivo de mais 1.900 policiais militares foi empregado na operação, conforme o órgão, para "proteger as pessoas, preservar patrimônios e garantir o direito de ir e vir, bem como o de livre participação no ato e a fluidez no trânsito". O patrulhamento foi intensificado desde as primeiras horas do dia em todas as áreas, segundo a SSP.
O grupo de motociclistas que seguiu Bolsonaro pagou uma taxa de inscrição de R$ 10 para a organização do evento, coordenado pelo grupo Acelera para Cristo. O pagamento deu direito a uma espécie de "área vip" da motociata, com a possibilidade de viajar mais próximo do presidente nos 120 quilômetros de trajeto.
O chefe do Executivo participou da primeira edição do evento em junho do ano passado. É uma espécie de versão "cristã" de outras motociatas que já ocorreram em apoio ao presidente.
Bolsonaro já participou de eventos semelhantes em Brasília, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Paraná e Rio de Janeiro. O primeiro ato desse tipo ocorreu em maio de 2021, na capital federal. Depois, seguiram-se diversas ocasiões. Nelas, ele aproveitou para fazer ataques às urnas eletrônicas, às vacinas contra a covid e aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).