O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti, disse que indicará novamente Alysson Paolinelli, ministro da Agricultura durante a ditadura militar no Brasil, para o prêmio Nobel da Paz. A informação foi divulgada durante a live semanal do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (14/4).
Será a segunda vez consecutiva que o nome do ex-ministro é apresentado para concorrer à premiação internacional. Paolinelli foi citado por Bolsonaro enquanto o líder da Embrapa listava ações para a produção de trigo no país.
Saiba Mais
“Parabéns a Embrapa. Parabéns também, não vou deixar de elogiar aqui, ao Alysson Paolinelli, que foi ministro da agricultura no governo Geisel, que mandou gente basicamente para Estados Unidos, Europa e para o Japão. Adquiriram tecnologias lá fora, trouxeram para cá e descobriram o cerrado. Foi isso mesmo?”, apontou terminando com uma pergunta para Celso Moretti.
O presidente da Embrapa, então, sinalizou a indicação do nome à premiação. “Este ano, nós estamos lançando mais uma vez o nome dele para o prêmio Nobel da Paz. Segurança alimentar, presidente, é sinônimo de paz social”.
A primeira indicação de Alysson Paolinelli ocorreu em 2021, quando o prêmio foi entregue aos jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov por seus trabalhos em defesa da liberdade de expressão nas Filipinas e na Rússia, países com regimes autoritários.
Aos 85 anos, o engenheiro agrônomo foi ministro da Agricultura durante todo o governo do general Ernesto Geisel, quarto presidente da ditadura militar no Brasil. Paolinelli é reconhecido pelo movimento de modernização da Embrapa e da ocupação do cerrado brasileiro com atividades de produção agrícola.