A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou, na manhã desta quinta-feira (14/4), uma nota pública de repúdio criticando o presidente Jair Bolsonaro (PL), após notícia de que governo federal não cumprirá com o compromisso firmado de promover a reestruturação das forças policiais da União.
Em nota, os delegados afirmaram que caso realmente não haja a reestruturação das forças policiais da União como prometido, "haverá uma quebra desleal do compromisso". A ADPF diz ainda que a corporação sofreu diversas perdas durante o governo de Bolsonaro, "que sempre teve entre suas bandeiras a segurança pública".
Ainda no documento, a ADPF diz que houve uma redução salarial considerável após o aumento da contribuição previdenciária. Além disso, eles pontuam não ter tido "nenhuma ação concreta de respeito ao
policial federal que arrisca sua vida no cumprimento do seu dever e não tem nem mesmo assegurada a pensão integral por morte aos seus familiares".
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Outro ponto levantado foi o deficit de efetivo e a falta de assistência psicológica e de implementação de um plano de saúde para a categoria.
Os delegados manifestaram total indignação e informaram que, se a informação se confirmar, não aceitarão calados.
Confira a nota na íntegra:
"A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifesta sua total indignação e repúdio à notícia de que o Governo Federal não cumprirá com o compromisso firmado pelo presidente da República de promover a reestruturação das forças policiais da União.
Se a informação se confirmar, haverá uma quebra desleal do compromisso que será sentida ainda mais depois das diversas perdas sofridas pelos policiais federais durante este governo, que sempre teve entre suas bandeiras a segurança pública.
Até o presente momento, não houve nenhuma ação concreta de respeito ao policial federal que arrisca sua vida no cumprimento do seu dever e não tem nem mesmo assegurada a pensão integral por morte aos seus familiares, além de ter tido uma redução salarial considerável com o aumento da sua contribuição à previdência.
A ADPF não se opõe a quaisquer reajustes aos demais servidores públicos. No entanto, é preciso ressaltar que este Governo não está reconhecendo o sacrifício feito todos os dias pelos Policiais Federais que mesmo durante a pandemia continuaram atuando firmemente e batendo recordes de operações, ainda que com déficit de efetivo, trabalhando em constante sobreaviso, sem assistência psicológica ou sequer plano de saúde implantado.
A Polícia Federal e os policiais federais precisam ser valorizados e a segurança pública tratada efetivamente como prioridade e não objeto de discursos vazios ou um slogan de campanha.
Os Delegados Federais não aceitarão calados esse desrespeito!"
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