O PSB indicou seu recém-filiado, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, para ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro. O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira (8/4), em um hotel na zona sul de São Paulo. Também estiveram presentes os presidentes do PSB e do PT, Carlos Siqueira e Gleisi Hoffmann, respectivamente.
Lula chamou Alckmin de “companheiro” durante seu discurso, o levando para próximo de seu eleitorado: “Você me chama de companheiro Lula e eu te chamo de companheiro Alckmin”.
O petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), destacou que a possível composição com Alckmin é pela democracia e pela recuperação econômica do país. “Eu esperava que, em 2022, o Brasil fosse ser mais parecido com a França”, lamentou o ex-presidente.
Ele ponderou que mesmo durante as eleições polarizadas entre PT e PSDB — legenda de Alckmin por 33 anos — a corrida tinha outro tom. “Era uma política civilizada. A gente terminava um comício em qualquer lugar do país. Entrava em um restaurante. Estavam pessoas com camisa do PSDB, nos cumprimentávamos. Hoje isso não é possível”, afirmou.
“Tenho certeza que o PT irá aprovar o seu nome como candidato a vice. Já fui adversário do Alckmin, de José Serra, FHC [Fernando Henrique Cardoso], e nunca nos desrespeitamos. O tratamento sempre foi respeitoso civilizado dentro daquilo que a democracia e os bons modos do humanismo exigem que as pessoas façam”, continuou Lula.
Em uma aceno para grupos econômicos e para seu eleitorado mais popular, o ex-presidente reforçou: “Vamos tratar com o mesmo respeito um catador de papel e um empresário da maior empresa deste país”.
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Governo Bolsonaro
O ex-governador de São Paulo aproveitou o evento para criticar os solavancos passados do presidente Jair Bolsonaro e os ataques constantes contra as instituições. “Vemos hoje um governo que atenta contra a democracia e as instituições”, disse.
Alckmin ainda elogiou o crescimento do produto interno bruto (PIB) em 2010, durante o governo Lula, de 7,5%. “Chega do sofrimento. Vamos colocar o nosso nome à disposição para que a gente possa somar os esforços e trabalhar pelo Brasil.”