Na solenidade de promoção de oficiais-generais, ontem, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Marcos Antônio Amaro dos Santos, afirmou que o Brasil precisa estar preparado para a guerra. Como justificativa, citou a situação da Ucrânia, que, segundo o militar, foi "invadida" pela Rússia.
"A guerra não precisa de convite. E ela chega mais cedo para os despreparados. Assim, devemos ter poder dissuasório para desencorajar, com meios convencionais, ameaças à nossa soberania. Tome-se, a título de ilustração, a invasão da Ucrânia, ocorrida no último mês de fevereiro para contextualizar os desafios do Exército brasileiro, que são também certamente desafios das forças irmãs, a Marinha e a Força Aérea. Não é nenhum luxo para um país soberano ter forças armadas em condições de ser empregadas", disse. O presidente Jair Bolsonaro (PL) participava do evento.
De acordo com o general, "a guerra, de forma simples, pode ser definida como um ato de violência em que um lado tenta impor ao outro a sua vontade". Amaro salientou, também, que é função do Estado disponibilizar recursos orçamentários para a Defesa.
"A estratégia nacional de defesa prevê que ao menos 2% do Produto Interno Bruto do país devam ser destinados ao preparo das Forças Armadas. A responsabilidade pelo cumprimento e pela satisfação das demandas da Defesa Nacional não cabe exclusivamente aos militares. Ao contrário, cabe ao Estado brasileiro", observou. (IS)