Geraldo Alckmin apontou, nesta sexta-feira (29/4), no Congresso Constituinte da autorreforma do PSB, alguns direcionamentos para a campanha que irá executar dentro do partido. Uma das propostas foi de fazer um estudo comparativo, em todas as áreas, entre o governo de Lula e o de “Bozo” — como o ex-tucano se referiu ao presidente Jair Bolsonaro (PL) durante todo o discurso.
O vice na chapa de Lula defendeu o governo petista — um posicionamento diferente do que Alckmin tinha nos anos no PSDB. “No período do Lula tinha inflação, mas o crescimento do real acontecia, isso era percebido na valorização do salário mínimo. Em 2010, a economia cresceu 7,5%”, relembrou Alckmin após exemplificar a situação atual econômica com a falta de poder de compra dos aposentados que recebem do governo um salário mínimo.
Alckmin defendeu uma agenda de competitividade e pontuou que o predidor é a economia. “A população está preocupada se o filho está desempregado, se vai ter dinheiro pra comprar a comida. Um terço do Brasil está no Serasa. A obra-prima do PSB é a felicidade e ninguém é feliz sem renda, sem emprego, sem comida”, disse sem mencionar ações práticas de como pode entregar essas questões.
Para ele, as redes sociais são um ponto de atenção e uma tarefa do partido será corrigir as coisas. “É uma novidade e precisamos desmentir as fake news. Na época que eu competi não existia essa força. Agora precisamos ficar atentos e corrigir as coisas”, ressaltou.
Durante todo o discurso, o recém-filiado foi aplaudido e ovacionado com gritos de apoio que brandavam “Geraldo”. Em um tom de incentivo à filiação e de encontro com a sociedade civil, Alckmin defendeu que os valores do PSB são o que o Brasil está precisando resgatar.
“O PSB tem valores civilizatórios. É o partido da esperança, da renda, do desenvolvimento. Tenho tudo para fazer uma jornada bonita dentro do PSB. A política bem feita é de amor às pessoas, não é uma corrida de cavalo”, disse.
A política no Brasil, na visão de Alckmin, é personalista e o presidencialismo é igual ao embate de personalidades. “A política é convencimento. Temos que convencer e votos não se obriga, se conquista. Nossa tarefa é mostrar que todo mundo é bem-vindo”, declarou. “O desenvolvimento regional é a grande tarefa, e ouvir. Devemos também ir ao encontro da sociedade civil. Se não fosse terem ido me buscar na minha universidade, para eu entrar no mundo político, eu não teria tido a iniciativa para me filiar. Temos que trazer jovens, mulheres, todos os segmentos. O partido é feito de bandeiras e das mãos que seguram elas”, complementou.
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