O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, rebateu recentes insinuações do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a utilização dos militares para apurar as eleições deste ano. “Para sugestões, a Justiça Eleitoral está inteiramente à disposição, para intervenção, jamais", disse, nesta sexta-feira (29/4).
Durante evento sobre “Liberdade de Expressão”, ocorrido na quarta-feira (27/4), e em na live dessa quinta-feira (28/4), Bolsonaro afirmou que a Justiça Eleitoral deveria acolher a sugestão de uma apuração paralela feita pelas Forças Armadas "para o bem de todos".
O ministro Fachin então reiterou que os militares sempre ajudaram nas eleições, em especial no que tange questões logísticas. Desta vez, as Forças Armadas fazem parte da Comissão Eleitoral e, segundo o magistrado, o diálogo tem sido “frutífero” e a Corte aproveitou “algumas sugestões”.
Fachin falou sobre uma “preocupação imensa” do TSE em garantir a segurança do pleito em todas as pontas: na integridade física dos mesários e eleitores, bem como ataques cibernéticos. “Vamos atuar de maneira preventiva para que não haja incitação a um ambiente beligerante na sociedade”, afirmou, em coletiva no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
O ministro ainda frisou sobre um “passado que existe respeito” da Justiça Eleitoral brasileira. Fachin frisou que as eleições “são o caminho para o enfrentamento de dissensos de modo pacífico, a semente e o motor da democracia''. Segundo ele, “onde não há eleição há violência e há o incitamento à solução conflitiva dos dissensos”.
Fachin também mandou um recado no que tange às fake news. “Ao contrário do que se alardeia na selva das narrativas falsas, no terreno sujo da fabulação, a inexistência de fraudes é um dado observável, facilmente constatado a partir da aplicação de procedimentos de conferência previstos em lei”, frisou.
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