O julgamento que pode decidir o futuro do mercado de trabalho para jovens aprendizes e pessoas com deficiência (PcD) foi adiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte julga uma ação que questiona a possibilidade de redução ou mesmo extinção de cotas de vagas para essas categorias. A apreciação da matéria estava prevista para esta quinta-feira (28/4), mas foi suspensa, e segue sem data para retomar.
Cerca de 1 milhão de profissionais podem ser afetados, a depender da decisão dos ministros do Supremo. A lei que estabelece cotas de 2% a 5% da força de trabalho para pessoas com deficiência foi criada em 1991. No caso dos menores aprendizes, a legislação determinou, no fim de 2000, que empresas consideradas de médio e grande porte reservem vagas para adolescentes e jovens de 14 a 24 anos, sem idade máxima para os aprendizes com deficiência.
O tema entrou na pauta do STF por meio de diversas entidades empresariais. As associações questionaram a Justiça sobre a possibilidade de realizar acordos sobre as cotas tendo como base a reforma trabalhista sancionada em 2017.
A nova legislação estabeleceu que os acordos entre patrões e funcionários terão peso maior do que as leis que regulam o trabalho, com exceção dos direitos resguardados pela Constituição. Como as cotas não estão na lista dos direitos expressos no texto constitucional, abriu brecha para as ações dos empresários.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.