Encontro dos Prefeitos

Bolsonaro afirma que Brasil não sobrevive sem fertilizantes

Em discurso na abertura da 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o presidente Bolsonaro disse que país adotou "posição de equilíbrio" sobre guerra na Ucrânia, mas depende de insumos

Cristiane Noberto
Deborah Hana Cardoso
postado em 26/04/2022 16:06 / atualizado em 26/04/2022 16:16
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o Brasil aderiu a uma postura equilibrada diante da guerra na Europa por causa dos fertilizantes. Ele discursou, nesta terça-feira (26/4), na abertura da 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília.

Segundo o chefe do Executivo, o Brasil adotou "posição de equilíbrio" sobre a guerra na Ucrânia, mas depende de insumos. Ele ainda citou sua criticada viagem a Moscou em meio a tensão militar em fevereiro.

“Há semanas estive na Rússia tratando de fertilizantes, pouco antes de um ataque a um país vizinho. Nós fomos lá tratar de interesses do Brasil e adotamos uma posição de equilíbrio nesta questão conflituosa. Não sobrevivemos sem fetilizantes. No momento, temos 27 navios russos navegando para o Brasil para trazer fertilizantes para o nosso agronegócio”, disse.

Segurança alimentar

Segundo Bolsonaro, “nosso agronegócio é nosso orgulho e não é apenas questão de divisas para o Brasil ou representar por volta de um quarto para o nosso PIB [produto interno bruto], é a nossa segurança alimentar”. E continuou: “Vejam também a importância para o Brasil. Há poucos dias recebi a representante da Organização Mundial do Comércio (OMC) [a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala] e ela me disse que as consequências da guerra e da pandemia estão se fazendo presentes no mundo todo, como inflação e falta de alimentos. Eu disse que o Brasil não tem como exportar mais por falta de estoques no Brasil, mas pedi para ela, dada a influência que ela tem junto ao mundo, que não permitisse que o fluxo de fertilizantes não fosse cortado, não só no Brasil, mas para o mundo, bem como que o preço não subisse.”

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